quinta-feira, 2 de agosto de 2012


AGOSTO: MÊS VOCACIONAL
Pe. José Felippe Netto

No Brasil, agosto é celebrado pela Igreja Católica como o “mês
vocacional”, um “tempo forte” para rezarmos, refletirmos e
trabalharmos pelo aumento e santificação das vocações sacerdotais,
religiosas e leigas. Até há algum tempo só se rezava e trabalhava
pelas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Especialmente
sacerdotais. Aos poucos foi-se entendendo que a Igreja é toda
ministerial, assembleia dos chamados. Por isso, todos somos convidados
a descobrir qual é nosso lugar e nossa missão na Igreja.

A vocação é um chamado! O amor infinito de Deus manifesta-se ao criar
o Homem, ao torná-lo seu filho pelo Batismo, ao convocá-lo para
participar de seus tesouros escondidos, seguindo o Cristo mais de
perto. A vocação é um chamado de Deus! Quem é chamado, é chamado para alguma coisa, para uma missão! Todos somos chamados!

Primeiramente Deus nos chama à Vida. É a vocação humana. Através do
Batismo somos chamados à vocação cristã. Depois vem a vocação
específica, vivida e realizada através de um estado de vida ou de uma
profissão. Dentro da vocação cristã somos chamados a viver o nosso
Batismo num determinado estado de vida: casados, solteiros,
consagrados, exercendo algum Ministério dentro da Comunidade Eclesial.
Existem os Ministérios não ordenados, exercidos pelos Leigos e os
Ministérios ordenados, exercidos pelos Bispos, Presbíteros e Diáconos,
através do Sacramento da Ordem.

Todo chamado merece uma resposta. A vocação é uma resposta pessoal.
Ao jovem rico Cristo disse: “se queres...” Cristo mostra um ideal.
Apela à liberdade pessoal do jovem e aguarda. A resposta supõe
entusiasmo e a aventura de amar. A vocação é um compromisso. Ser
compromissado com Cristo é uma questão de amor a Deus e aos irmãos. É
dispor-se a trabalhar generosamente com Ele e para Ele.

As vocações despontam aqui... ali... às vezes, mais de uma num só
local, numa mesma paróquia. Cristo chama “aqueles que Ele quer”, em
qualquer idade, local, classe social e grau de estudos. Ele”passa”
pela pessoa, “olha” nos olhos, “chama” pelo nome e diz:”Vem e
segue-me!” Muitas vezes o rapaz e a moça não compreendem essas
palavras, não entendem esse chamado e acabam esquecendo-se dele! A
vocação é como uma plantinha frágil. Quando começa a brotar tem que
ser cuidada, senão acaba morrendo.

Será que todos os rapazes e moças que pensam em ser padres ou
religiosas e desistem não tinha vocação realmente? E os que já
ingressaram em seminários e conventos e desistem após algum tempo?
Será que nenhum tinha vocação? Será que a muitos não faltou orientação
vocacional e apoio moral, espiritual e até mesmo material? Pense
nisso.

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