quinta-feira, 28 de março de 2013


Depois do sucesso do YOUCAT, a Agenda YOUCAT, o Youcat Orações, (todos já disponíveis em língua portuguesa) o “YOUCAT – Curso para o Crisma” (em processo de tradução), agora está sendo preparado para a Coleção YOUCAT, o DOCAT. O nome embora seja uma combinação do verbo Inglês “fazer” e “Catecismo” (fazer alguma coisa) (Catecismo), ele descreverá em 12 capítulos numa linguagem jovem, a Doutrina Social da Igreja Católica e seu impacto nas áreas de trabalho, negócios, política, meio ambiente e paz. 

O DOCAT terá o mesmo o design gráfico e formato do nosso Catecismo Jovem. Segundo Bonacker Marco, colaborador do projeto, teólogo e Doutor em Ciências Sociais, “essa nova ferramenta também será baseada em perguntas e respostas, para que o jovem compreenda e se aproxime do que a Igreja ensina em sua Doutrina Social”. Para isso recentemente um grupo de jovens foram novamente convidados para durante um fim de semana fazerem um teste sobre o que está sendo elaborado. A obra também conta com colaboração e orientação do Cardeal Arcebispo de Munique, Reinhard Marx e do especialista em assuntos sociais e político, Norbert Blüm.

O DOCAT, seguindo os passos e propostas da Nova Evangelização, vem para recordar aos jovens que sua principal tarefa enquanto cristãos em todo o mundo é também encher de Fé, Esperança e Caridade, os espaços, que pouco foram sendo instrumentalizados, esvaziados de sentido e dignidade. A Igreja como mãe também pensa nas questões sociais, tem sempre algo importante para contribuir e naturalmente se preocupa com tudo o que deve ser bem ordenado para está a serviço de todos. No Século XIX, a industrialização teve um importante crescimento. Mas a Igreja não ficou em silêncio sobre os efeitos negativos da Revolução Industrial e da Urbanização, no que dizia respeito à violação da dignidade humana e dos direitos humanos e sociais. Diante disso ela trouxe ao mundo o seu olhar por meio da Encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII. Uma outra importante contribuição foi a “Pacem in Terris” do Papa João XXIII, publicado em abril de 1963 . E os seus sucessores como Bento XVI e João Paulo II também deixaram um bonito legado sobre o modo como a Igreja reflete o homem na sociedade. Nosso querido Papa Francisco tem nos acenado pouco a pouco que os seus passos seguirá também os dos seus antecessores, sobretudo no que diz respeito à presença no mundo de uma “Igreja chamada a sair de si mesma para ir às periferias, não só às geográficas, mas também às periferias existenciais: as do mistério do pecado, da dor, da injustiça, da ignorância e prescindência religiosa, do pensamento, de toda miséria”.

O DOCAT tem, portanto o desejo de trazer aos nossos jovens numa linguagem dinâmica e atraente toda essa riqueza de ensinamentos sociais da nossa Igreja. Como certamente esse novo instrumento de formação atrairá a atenção de muitos, vale lembrar que a obra que será lançada pelo YOUCAT CENTER de Augsburg entre julho e outubro desse ano, é originalmente alemã. E o processo de concessão para os direitos de tradução e publicação é naturalmente lento. Sendo aprovado durante o curso do segundo semestre pelos órgãos competentes, (tanto a Editora que detém os direitos autorais para a língua portuguesa, quanto a Conferência Episcopal Local), provavelmente já teríamos o DOCAT entre nós a partir de 2014. Enquanto não chega por aqui, rezemos e usemos o que de bom já temos: o Catecismo Jovem, a Agenda, e o Youcat Orações. 

sexta-feira, 1 de março de 2013


Espaço Vocacional
A DIGNIDADE E A VOCAÇÃO DA MULHER
Pe. José Felippe Netto


No dia 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher, lembrando
toda a luta para conquistar o seu lugar e a sua dignidade na sociedade
e no mundo. E cada vez mais essa conquista vai crescendo. Por que essa
data?

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, em
Nova Iorque, fizeram uma greve para reivindicar melhores condições de
trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As
mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada,
carbonizando aproximadamente cento e trinta tecelãs. Hoje a mulher
encontra-se em atividades até então destinadas apenas ao sexo
masculino.

Na Igreja não é diferente. A maioria das pessoas que frequentam
nossas igrejas pertence ao sexo feminino. Aos poucos elas foram
conseguindo o seu espaço. Se você der uma “pinçada” nos grupos
eclesiais: movimentos, pastorais, ministérios não ordenados,
associações religiosas, catequese, grupos de canto, liturgia,
constatará que são participados, em sua maioria, por mulheres.
Será que elas têm mais vocação, aptidão, gosto, disposição, boa
vontade e disponibilidade do que os homens? Ou estes acreditam que
“coisas de Igreja” são apenas para mulheres e crianças? Dê uma espiada
nas novenas de Natal e nos encontros de quarteirões.

No discurso às participantes do Encontro Nacional do Centro Feminino
Italiano, em 6 de dezembro de 1976, o Papa Paulo VI declarou: “No
cristianismo, de fato, mais que em qualquer outra religião, a mulher
tem, desde as origens, um estatuto especial de dignidade, do qual o
Novo Testamento nos atesta não poucos e pequenos aspectos”. Os
participantes do Sínodo dos Bispos, realizado em outubro de 1987,
dedicado à vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo voltaram a
ocupar-se da dignidade e da vocação da mulher.

Em 15 de agosto de 1988 foi publicada a Carta Apostólica de João
Paulo II intitulada “A Dignidade e a Vocação da Mulher”, que em sua
introdução mostra que “A dignidade da mulher e a sua vocação – objeto
constante de reflexão humana e cristã – têm assumido, em anos
recentes, um relevo todo especial. Isso é demonstrado, entre outras
coisas, pelas intervenções do Magistério da Igreja, refletidas nos
vários documentos do Concílio Vaticano II”.

Em sua conclusão o Documento diz: “A Igreja, portanto, rende graças
por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas
esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas
mulheres que se dedicam a tantos seres humanos, que esperam o amor
gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na
família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres
que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma
grande responsabilidade social; pelas mulheres “perfeitas” e pelas
mulheres “fracas” – por todas: tal como saíram do coração de Deus, com
toda a beleza e riqueza de sua feminilidade”.

Por tudo isso devemos tirar o chapéu às mulheres de nossa Igreja. A
elas, o nosso respeito, a nossa admiração e o nosso carinho. Uma
saudação especial a todas as mulheres que se dedicam à Pastoral


Serviço de Animação Vocacional.