sexta-feira, 1 de março de 2013


Espaço Vocacional
A DIGNIDADE E A VOCAÇÃO DA MULHER
Pe. José Felippe Netto


No dia 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher, lembrando
toda a luta para conquistar o seu lugar e a sua dignidade na sociedade
e no mundo. E cada vez mais essa conquista vai crescendo. Por que essa
data?

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, em
Nova Iorque, fizeram uma greve para reivindicar melhores condições de
trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As
mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada,
carbonizando aproximadamente cento e trinta tecelãs. Hoje a mulher
encontra-se em atividades até então destinadas apenas ao sexo
masculino.

Na Igreja não é diferente. A maioria das pessoas que frequentam
nossas igrejas pertence ao sexo feminino. Aos poucos elas foram
conseguindo o seu espaço. Se você der uma “pinçada” nos grupos
eclesiais: movimentos, pastorais, ministérios não ordenados,
associações religiosas, catequese, grupos de canto, liturgia,
constatará que são participados, em sua maioria, por mulheres.
Será que elas têm mais vocação, aptidão, gosto, disposição, boa
vontade e disponibilidade do que os homens? Ou estes acreditam que
“coisas de Igreja” são apenas para mulheres e crianças? Dê uma espiada
nas novenas de Natal e nos encontros de quarteirões.

No discurso às participantes do Encontro Nacional do Centro Feminino
Italiano, em 6 de dezembro de 1976, o Papa Paulo VI declarou: “No
cristianismo, de fato, mais que em qualquer outra religião, a mulher
tem, desde as origens, um estatuto especial de dignidade, do qual o
Novo Testamento nos atesta não poucos e pequenos aspectos”. Os
participantes do Sínodo dos Bispos, realizado em outubro de 1987,
dedicado à vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo voltaram a
ocupar-se da dignidade e da vocação da mulher.

Em 15 de agosto de 1988 foi publicada a Carta Apostólica de João
Paulo II intitulada “A Dignidade e a Vocação da Mulher”, que em sua
introdução mostra que “A dignidade da mulher e a sua vocação – objeto
constante de reflexão humana e cristã – têm assumido, em anos
recentes, um relevo todo especial. Isso é demonstrado, entre outras
coisas, pelas intervenções do Magistério da Igreja, refletidas nos
vários documentos do Concílio Vaticano II”.

Em sua conclusão o Documento diz: “A Igreja, portanto, rende graças
por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas
esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas
mulheres que se dedicam a tantos seres humanos, que esperam o amor
gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na
família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres
que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma
grande responsabilidade social; pelas mulheres “perfeitas” e pelas
mulheres “fracas” – por todas: tal como saíram do coração de Deus, com
toda a beleza e riqueza de sua feminilidade”.

Por tudo isso devemos tirar o chapéu às mulheres de nossa Igreja. A
elas, o nosso respeito, a nossa admiração e o nosso carinho. Uma
saudação especial a todas as mulheres que se dedicam à Pastoral


Serviço de Animação Vocacional.

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