segunda-feira, 1 de outubro de 2012


VOCAÇÃO MISSIONÁRIA

Pe. José Felippe Netto

Existe um cântico cujo refrão diz: “Vai, vai, Missionário do Senhor!
Vai trabalhar na messe com ardor. Cristo também chegou para anunciar.
Não tenhas medo de evangelizar”.

Ainda hoje Deus quer que todos os homens e mulheres recebam a “Boa
Nova”, a grande notícia, pois mais de três milhões ainda não ouviram o
nome de Jesus.

No mundo existem três bilhões e quinhentos milhões de não-cristãos.
Eles também precisam ouvir a Boa Nova. E mesmo aqueles que já ouviram
e não a põem em prática precisam ouvi-la novamente.
Conforme Mc 16,12-18 o missionário é alguém que segue ao pé da letra
o que Deus falou a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de
teu pai e vai para a terra que Eu te mostrar. Tu serás uma fonte de
bênção” (Gn 12,1s.).

Dedicar-se radicalmente ao serviço da evangelização é a vida do
Missionário. Isso implica o abandono de toda segurança material e
afetiva, o que exige uma fé igual à de Abraão.

Há nisso um desprendimento total, que o próprio Cristo exigiu dos
seus seguidores e do qual Ele foi o exemplo máximo. Um desprendimento
total, para uma entrega total. Um esquecimento de si, para lembrar aos
outros a existência de Deus.

Mas devemos entender que também todo cristão, cada um de nós, é
chamado a ser missionário, no próprio meio onde vive. Deixar a pátria,
para cada cristão, significa ter o “espírito” de missionário,
desprender-se, esvaziar-se de si, para encher-se de Deus e levá-lo aos
outros, através dos atos de sua vida.

O fechamento em si mesmo, o isolamento, o individualismo, a omissão
diante dos problemas alheios, a falta de solidariedade são contrários
ao espírito missionário. Finalmente, devemos lembrar que as pessoas do
mundo inteiro têm sede de Deus. Não há pessoa humana que não tenha
esta sede.

Por isso, o Apóstolo Paulo pergunta preocupado: “Como invocarão aquele
em quem não têm fé? E como vão ter fé naquele do qual não ouviram
falar? E como ouvirão falar, se não há quem lhes pregue?” (Rm 10,1s.).
Esta pergunta de São Paulo vale também hoje, como vale ainda hoje a
ameaça do mesmo Apóstolo: “Ai de mim se não evangelizar!” (1 Cor
9,16).

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